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Colapso do preço do gás natural no Canadá força corte de produção e expõe fragilidade logística

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    Index Political Risk
  • 6 de out.
  • 2 min de leitura

RISCO PARA O BRASIL: BAIXO


→ A crise no setor de gás natural no Canadá expõe falhas estruturais em preços, logística e planejamento energético. A retração produtiva  revela riscos econômicos e de competitividade internacional, já que há uma fraqueza  na conexão entre infraestrutura, geopolítica e metas ambientais.

→ Os cortes de produção aliviam a oferta, mas os preços no hub AECO seguirão pressionados e voláteis devido a gargalos logísticos e estoques recordes. O colapso expôs falhas estruturais no sistema NGTL, aumentando a pressão política sobre a TC Energy. A crise acelera a urgência de diversificação e projetos de GNL para a Ásia.


Escrito por Ana Clara Guitti e Manuela Baptistella


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Queda estrutural de preços revela fragilidade do modelo de produção canadense


Produtores de gás natural no oeste do Canadá começaram a interromper a produção de poços diante da queda acentuada dos preços. Isso ocorre pela difícil recuperação de um longo período de fraqueza, devido ao excesso de oferta e invernos mais quentes, que reduziram a demanda por aquecimento residencial. O colapso dos preços no hub AECO levou empresas como Petronas e Canadian Natural Resources LTd. a realizarem cortes voluntários, paralisando temporariamente poços. Esse tipo de retração produtiva ocorre quando os custos de transporte e processamento superam os preços de venda, o que revela uma falha não apenas de mercado, mas de infraestrutura e regulação.


Falhas logísticas e atraso em exportações comprometem posição do Canadá no mercado global de GNL


A crise é, em grande parte, um problema de logística energética. A rede de gasodutos, em especial o sistema NGTL da TC Energy, tem enfrentado congestionamentos e manutenções que limitam o escoamento da produção. No caso canadense, onde a maior parte do gás é destinada a mercados distantes, qualquer falha no processo logístico pode criar um efeito dominó nos preços e níveis de produção, o que afeta diretamente a segurança energética e a atratividade do setor para investidores.


O que a Index prevê? 

  • Embora os cortes de produção devam aliviar a pressão de oferta, os preços no hub AECO permanecerão sob pressão e voláteis ao longo do verão canadense, uma vez que o gargalo logístico e o nível recorde de armazenamento não serão resolvidos rapidamente.

  • O colapso de preços expôs o NGTL como um ponto de falha estrutural do modelo canadense, o que fomenta uma pressão regulatória e política mais intensa sobre a TC Energy para acelerar a manutenção e a expansão do sistema NGTL.

  • A atual crise reforça a urgência de diversificação de mercado para obter mais estabilidade. O Canadá, portanto, acelerará os esforços regulatórios e de infraestrutura para viabilizar mais projetos de GNL na costa do Pacífico, como já experimentou em julho deste ano.


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